sexta-feira, 10 de junho de 2011

Resposta ao Desafio Troféu da Copa

Réplica da Taça Jules Rimet


Feito o desafio pelo Blog Diplomática na Copa (clique para ver o desafio)!!! O blog Arquivos da Night respondeu as perguntas, confira:



1) Dizem que a taça foi roubada por um argentino e três brasileiros... Bem, quando eles se juntam só podia dar nisso mesmo. Mas enfim, considerando o sumiço da taça, tanto na primeira vez, quanto na segunda, pode-se dizer que as réplicas são autênticas?
 
Quanto à posse da taça, a FIFA definiu que, o país vencedor da copa do mundo não terá a posse permanente da taça original. Independente do número de títulos o campeão do torneio fica com o troféu por quatro anos e após isso recebe uma réplica.
A réplica é uma forma de simbolizar aquilo que, muitas vezes é de difícil acesso, ou por representar muito bem o original e acabar por satisfazer, através do seu simbolismo, o sentimento de ter um “quase” original. As réplicas geralmente são feitas com materiais, cores, texturas, formatos e pesos muito parecidos com o objeto a ser replicado (original).
No caso, as réplicas da Taça FIFA são facilmente encontradas no mercado brasileiro, por preços, materiais e formas diferentes (veja).
Outras réplicas podem servir de exemplo, como as réplicas de relógios, bolsas e até automóveis de luxo (veja o anúncio)
Por ser algo que simboliza o original, muitas vezes não sendo cópias perfeitas (até por que se fossem cópias perfeitas não se denominaria réplica e sim “via” do original) a autenticidade deixa de ser algo a se valorizar nas réplicas. A réplica da “Taça FIFA” entregue pela FIFA após quatro anos a um país, representa de forma simbólica o prêmio conquistado por aquele país, ao ser vitorioso na copa do mundo de futebol. A réplica, assim como a original não deixa de representar uma prova de conquista do país naquele determinado ano da copa do mundo.
O emissor da réplica da taça será sempre a FIFA, portanto o órgão que cria a réplica é o mesmo que lhe confere autenticidade. A partir dessa afirmação, outra linha de pensamento sobre a taça em questão é admitida.
Para Luciana Duranti, para um documento ser autêntico ele precisa demonstrar o que esta transmitindo, mesmo que seu conteúdo abranja algumas informações não verdadeiras. Seguindo a linha de pensamento da autora, ela também afirma que a cópia autêntica trata-se de uma cópia certificada por oficiais autorizados de maneira a torná-la admissível legalmente como prova.
       Com base nos conceitos de Duranti, o grupo Arquivos da Night conclui que as duas réplicas da taça do mundo citadas no texto são autênticas, visto que elas demonstram o que desejam transmitir, no caso a conquista do título e, além do mais, foram certificadas e autorizadas pela FIFA, o que as tornam documentos legalmente admissíveis como prova.
Celebridade Pickles - Em 27 de março, um senhor de nome David Corbette passeava com seu cão Pickles numa praça do Sul da capital inglesa quando este, farejando um arbusto, localizou o valioso troféu, enrolado por jornais, o qual havia sido roubado.


2) De acordo com Duranti, a réplica da taça no primeiro desaparecimento é uma cópia imitativa ou uma cópia simples?

No que se refere ao status cópia, Duranti informa que a “diplomática faz distinção entre vários tipos de cópia”. Assim, existe a cópia na forma de original, cópia imitativa, cópia simples e cópia autêntica.
A pergunta dos nossos coleguinhas do desafio é, se a réplica criada pela FA por medida de segurança depois da taça original ser roubada durante uma exibição pública na Inglaterra quatro meses antes da Copa do Mundo FIFA de 1966 e encontrada alguns dias depois, pode ser considerada segundo Duranti, como uma cópia imitativa ou cópia simples.
A autora considera Cópia IMITATIVA aquela que reproduz completamente ou parcialmente, não apenas o conteúdo, mas também as formas, incluindo as externas. A Cópia SIMPLES é para ela aquela que consiste na mera transcrição do conteúdo de um original, feita por qualquer pessoa e que não pode ter efeitos legais.
Bom aos olhos do grupo Arquivos da Night a réplica da taça criada no primeiro momento não se enquadra como cópia simples, isso porquê de acordo com a definição de Duranti se ela fosse uma cópia simples ela seria apenas uma representação da original sem efeitos legais, quando na verdade ela possui efeitos legais e foi criada por uma autoridade com competência para fazê-la visando sua segurança. Portanto o grupo acredita que a réplica criada após o primeiro desaparecimento da Taça é uma cópia imitativa já que reproduz o conteúdo e formas da original.
Duranti cita também em seu texto outro conceito de cópia, a Cópia AUTÊNTICA. Para a autora a cópia autêntica trata-se de uma cópia certificada por oficiais autorizados de maneira a torná-la admissível legalmente como prova.
Então poderíamos responder a essa pergunta afirmando que, a réplica da taça roubada na Inglaterra é não só uma cópia imitativa, mas também uma cópia Autêntica, visto que ela foi uma cópia certificada oficialmente.

3) Supondo, que no primeiro sumiço da taça, Segunda Guerra Mundial, os soldados nazistas conseguiram ficar com a mesma. Logo entregaram para Adolf Hitler. Estabeleça um plano de classificação.










4) Considerando o segundo sumiço da taça, suponha que a mesma tenha "caído" nas mãos do então Presidente do Brasil João Figueiredo. Como seria o plano de classificação?










5) Faça uma análise diplomática e tipológica da taça.

Análise diplomática e tipológica da Taça Jules Rimet

Espécie Documental – Troféu
Gênero – Iconográfico / Visual
Forma – Original única
Formato – Troféu
Suporte – Ouro e mármore-verde
Definição – Troféu que prova que determinado país foi vitorioso no torneio de futebol mundial organizado pela FIFA. 
Caracteres externos – cores da taça, o nome dos países campeões gravados na taça. 
Entidade receptora países vencedores do torneio mundial
        Descrição – A taça Jules Rimet possui uma imagem que representa uma alegoria da Vitória com asas estilizadas. A figura esta com os braços levantados e por cima de uma copa de formato octogonal. Possui uma base em mármore sobre a qual foram assentados os nomes dos vencedore em pequenas placas. A taça media cerca de 30 centímetros de altura e pesava 3,8 quilogramas em ouro puro, sendo seu peso total de 4 quilogramas. Seu custo total foi de cinquenta mil francos.


6) Comente se a referente taça pode ser considerada documento de arquivo.


Ainda considerando as definições de Luciana Duranti quanto a um documento de arquivo, ela diz que quando o documento é autêntico e verídico simultaneamente ele é considerado como um instrumento de prova genuinamente arquivístico.
Em vista que a réplica da taça, como foi falado anteriormente, trata-se de uma cópia certificada por oficiais autorizados de maneira a torná-la admissível legalmente podemos concluir que ela pode sim ser considerada como um documento de arquivo. 

Apesar da réplica não ser a verdadeira e original taça, ela é reconhecida pela FIFA como a taça que prova que o país venceu a Copa do Mundo em uma determinada data, portanto ela pode sim ser considerada como um documento de arquivo.

Brasil - Preparação Copa do Mundo de 1970


Em pé: Rogério (Olheiro), Cláudio Coutinho (Prep. Físico), Parreira (Prep. Físico), Félix, Joel, Leão, Fontana, Brito, Clodoaldo, Zagallo e Admildo Chirol (Prep. Físico);
Agachados: Mário Américo (Massag.), Rivellino, Carlos Alberto Torres, Baldocchi, Piazza, Everaldo, Paulo César Caju, Tostão, Marco Antônio e Ado;
Sentados: Edu, Zé Maria, Dadá Maravilha, Gérson, Roberto, Jairzinho, Pelé e Nocaute Jack (Massag.).

Um comentário:

  1. Boa noite. Bem, o post de vocês ficou muito interessante. Apenas acrescentaria, na questão número cinco, às funções administrativa e arquivística. Compartilho da visão de vocês em relação à taça ser ou não cópia simples. Parabéns.

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